Em geral, sou uma pessoa feliz,
embora seja só por alguns dias. Uma felicidade um tanto que débil, admito. Só em pensar que ela virá, já me sinto mal...
Um vazio profundo anuncia a sua chegada.
Um vazio profundo anuncia a sua chegada.
“Não sei por qual razão nasci”
“Ninguém gosta de mim”
“Se eu morresse, ninguém sentiria
a minha falta, pois, como diria o Pequeno Príncipe: Ninguém é insubstituível”
Uma palavra cai como bomba sobre
mim, quase não sou capaz de suportá-la.
Daí ela chega.
Não satisfeita com a dor na alma,
traz também a dor no corpo, confesso que até prefiro. A sensibilidade continua, com menos imponência, mas ainda dolorida.
Sinto vontade de desistir de
tudo. Nada faz sentido, a não ser o sofrimento, que mesmo sem motivo, é
devastador.
Os dias vão passando e me sinto
um pouco melhor. Sei que isso irá passar. Sentirei novamente a paz que entra
em meu ser a cada vez que respiro. Verei razão para ser e fazer. Sentirei o
amor. Viverei só por viver, o que já é o bastante.
Pelo menos, ela me faz reparar
nesses momentos invisíveis.
Lucrécia D. A. Nunes